Recentemente, a Microsoft anunciou o AI for Accessibility (IA para Acessibilidade), um investimento de 25 milhões de dólares destinado a aproveitar o poder da inteligência artificial para ampliar a capacidade humana, o que poderia beneficiar mais de um bilhão de pessoas com deficiência em todo o mundo.

Outro exemplo do compromisso da companhia com acessibilidade veio do Brasil, por meio de uma solução de acessibilidade que permite automatizar a locomoção de cadeirantes por trajetos rotineiros – como da sala para o quarto e do quarto para a sala.

A iniciativa é inspirada em um projeto de 2014 concebido pelo Microsoft AI and Research, e que tinha como objetivo ajudar Steve Gleason, ex-jogador da NFL (sigla em inglês para Liga Nacional de Futebol Americano), a superar restrições de mobilidade impostas pela Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Na época os pesquisadores mapearam o padrão de movimento ocular para que funcionasse como um ponteiro de mouse, capaz de controlar a cadeira livremente – em qualquer direção. Daí surgiu o recurso Eye Control (Controle pelo Olhar), presente no Windows 10, que rastreia os movimentos oculares para substituir o uso do mouse e do teclado.

A solução brasileira usou o Eye Control e a função Macro de Movimento, permitindo que o próprio cadeirante registre uma sequência de comandos e salve esse material para que possa ser reproduzido posteriormente.

Para o Diretor de Engenharia e Inovação da Microsoft Brasil, Alessando Jannuzzi, esse projeto exploratório de pesquisa reforça a capacidade de desenvolvimento de tecnologias no país. “É muito gratificante podermos contribuir com um projeto que gera autonomia para pessoas com deficiência. Isso faz parte da nossa missão de empoderar cada pessoa para que elas possam conquistar mais”, afirma.